Este blogue esteve ontem em destaque no Sapo pela terceira vez.
Estes destaques deixam-me sempre uma sensação de injustiça porque, na verdade, não costumo exprimir ideias controversas nos meus posts.
Mas à terceira é de vez e a partir de hoje vou escrever de facto tudo que me vai no pensamento, seja ou não "politicamente correcto".
Vou manter as únicas três regras deste blogue que vou enunciar pela primeira vez:
Vou começar pelo futebol.
Sou benfiquista.
Porquê?
Por uma razão tão prosaica como a da maior parte das pessoas.
Aos cinco anos regressei a Portugal, vindo de Moçambique, e os meus colegas da escola primária perguntavam-me qual era o meu clube. Eu mal sabia o que era futebol.
Já com o sentido prático de estar nesta vida que procuro manter, abri o jornal "A Bola", que alguém comprava lá em casa, e verifiquei que na classificação do Campeonato Nacional o primeiro lugar era ocupado pelo Benfica.
Hoje jogou-se a final da Taça da Liga. O Benfica ganhou. Os sportinguistas estão indignados porque o Benfica marcou golo com um penalti que não existiu.
Agora vou colocar a imagem deste post. Foi tirada do blogue Reflexão Portista (nem de propósito). A seguir há mais texto!
Desde que os clubes se começaram a transformar em SAD`s que afirmo que ser adepto de um clube de futebol faz tanto sentido como ser adepto da Coca-Cola, da Sony ou do leite Gresso. E só estou a falar de marcas que gosto.
O futebol é uma indústria como outra qualquer: precisa de consumidores. O ridículo é que espera que as pessoas tenham emoções enquanto consumidoras.
A Taça da Liga é patrocinada (leia-se paga) pela Carlsberg. O ano passado a final foi entre o Sporting e o Vitória de Setúbal. E eu pensei e disse no meu círculo de amigos: esta competição é nova, é paga por uma marca logo tem de chegar ao maior número de pessoas. No próximo ano tem de ter o Benfica na final.
Mais do que estar na final, o Benfica ganhou com um penalti inventado pelo árbitro. Não conheço os termos em que ele foi nomeado nem quero por em causa o seu bom nome.
O que me chateia mesmo, como pessoa e como benfiquista, é que isto tudo está demasiado de acordo com o que eu tinha previsto.
«Contempla-se o mar. À força de o vermos gastamo-nos nele, usamos por inteiro as suas quatro lembranças. Desconhece-se que delírio de ignorância nos vai arrebatar.»
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