Segunda-feira, 30 de Março de 2009

Mudar para melhor

Como já mostrei em post anterior, estou a ler o livro "O Medo do Insucesso Nacional" de Álvaro Santos Pereira.

 

O Capítulo 8 intitula-se "As verdadeiras causas da nossa desgraça".

 

Ele considera e insiste que o défice orçamental não é uma delas.

 

O autor apresenta as razões para o nosso atraso de desenvolvimento relativamente à média europeia, numa perspectiva positiva, com intenção de as identificar de forma a podermos combatê-las rapidamente.

Tive vontade de as transcrever para aqui, até para as registar para mim:

 

  1. A preocupante falta de poupança das famílias, das empresas e do Estado que não permite financiar investimento para desenvolver o País. A poupança tem de voltar a ser incentivada.
  2. A nossa terrível falta de organização. Temos de começar a ser pontuais, a cumprir prazos, a planear as coisas e a deixar de fazer tudo em cima do joelho e a ser menos simpáticos. Muitas vezes não somos pontuais e não cumprimos prazos porque dizemos sim a tudo o que nos pedem, para sermos simpáticos, e depois não conseguimos cumprir. Como depois, por consequência, nos falta tempo, não planeamos as tarefas suficientemente e fazemos tudo a correr, sem qualidade. Temos de aprender a dizer "não". E a chegar a horas aos sítios.
  3. A fraca qualidade da Educação. Aqui o autor apresenta 5 factos interessantes da Educação em Portugal:
    1. Portugal gasta tanto no sector educativo (em percentagem do PIB) como a média dos países da OCDE.
    2. Portugal tem um péssimo retorno do investimento educativo.
    3. A qualidade educativa é baixa.
    4. As taxas de reprovação são elevadas.
    5. O abandono escolar é epidémico e terceiro-mundista.
  4. A ineficiência da justiça. É preciso priviligiar alguns mecanismos extrajudiciais, formar e reciclar melhor juízes e funcionários judiciais, avaliar os seus desempenhos com consequências nas progressões nas respectivas carreiras, modernizar a gestão dos tribunais, entre outras propostas.
  5. Somos demasiado pedinchões. Estamos habituados a funcionar à custa de ajudas e subsídios do estado. Temos de deixar de pedir e dar incentivos à inovação económica e industrial.

O capítulo seguinte chama-se "O medo de falhar". Interessante, este livro!

publicado por Luís Peça às 19:39
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«Contempla-se o mar. À força de o vermos gastamo-nos nele, usamos por inteiro as suas quatro lembranças. Desconhece-se que delírio de ignorância nos vai arrebatar.»

Marguerite Duras, Vida Tranquila

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