Imaginam 700 miúdos e graúdos dos 7 ao 20 anos a assistir a Teatro durante cerca de 3 horas?
Acontece nos Encontros de Teatro que a minha escola organiza para 16 escolas no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria.
É uma festa espectacular onde os alunos apresentam o seu (muito bom) trabalho e desfrutam do trabalho dos colegas de outras escolas.
Amanhã é a 4ª edição e as outras têm corrido tão bem que as escolas disputam lugares na plateia.
Ser professor tem destas coisas muito boas!
A ilustração do cartaz é do meu colega e amigo Simão Vieira.
Tenho a responsabilidade de coligir e enviar, para todas as escolas que pertencem ao grupo empresarial em que trabalho, toda a legislação educativa que vai sendo publicada.
Por isso não resisti a "roubar" este post do professor Carlos Fiolhais no blog De Rerum Natura.
O "Público" de domingo publicou, com a assinatura de José António Cerejo, uma desenvolvida notícia sobre o trabalho de levantamento e análise de diplomas legais de educação que o Ministério da Educação encomendou a João Pedroso e que este, pelos vistos, não realizou na íntegra (quase se limitou a fotocopiar o "Diário da República"), sendo obrigado a devolver parte do muito dinheiro recebido.
Esse esbanjar de dinheiros públicos decerto que me impressionou. Porém, o que mais me impressionou foi o tamanho da verborreia legislativa. Li:
"Particularmente volumoso, este índice [de diplomas legais sobre educação], em Excel, ultrapassa as 450 páginas, sendo que mais de dois terços se referem ao período já coberto pelo índice 1986-2007. No período 1820-1900 são listados 29 diplomas, enquanto entre 1900 e 1974 são enumerados perto de 500 e de 1974 a 1986 aparecem cerca de 900."
Tal deve querer dizer que no período 1986-2007 se publicaram cerca de 2860 diplomas legais sobre matérias educativas, cerca de dois terços do total desde 1820 até 2007. Parafraseando Einstein, há só duas coisas no Universo em expansão acelerada: o próprio Universo e a produção legislativa do Ministério da Educação. Mas quanto à primeira não há a certeza!
Deixo aqui este texto para os meus amigos professores e matemáticos se divertirem.
Não acho que o ensino esteja neste estado mas rirmo-nos de nós próprios é sempre bom.
Faz parte de um comentário ao postBranquear o “Eduquês”no blogueDe Rerum Natura.
Aconselho vivamente a leitura deste blogue a todos os professores.
É sobre o conhecimento e não sobre questões do ensino.
Ora leiam:
Fartinho da Silva disse...
Já agora, uma breve resenha história do "ensino" da matemática (que alguns "cientistas" da educação teimam em tentar convencer o Ministério da Educação no sentido de alterar esta designação para "Educação Matemática"):
1. Ensino da matemática em 1950:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por €100,00.
O custo de produção desse carro de lenha é igual a 4/5 do preço de venda.
Qual é o lucro?
2. Ensino de matemática em 1970:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por €100,00.
O custo de produção desse carro de lenha é igual a 4/5 do preço de venda ou €80,00.
Qual é o lucro?
3. Ensino de matemática em 1980:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por €100,00.
O custo de produção desse carro de lenha é € 80,00.
Qual é o lucro?
4. Ensino de matemática em 1990:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por € 100,00.
O custo de produção desse carro de lenha é €80,00.
Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
( )€ 20,00 ( )€40,00 ( )€60,00 ( )€80,00 ( )€100,00
5. Ensino de matemática em 2000:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por € 100,00.
O custo de produção desse carro de lenha é € 80,00.
O lucro é de € 20,00.
Está certo?
( )SIM ( ) NÃO
6. Ensino de matemática em 2008:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por €100,00.
O custo de produção é € 80,00.
Se você souber ler coloque um X no € 20,00.
( )€ 20,00 ( )€40,00 ( )€60,00 ( )€80,00 ( )€100,00
Esta semana oJornal de Leiriadedica uma página à minha escola.
O artigo baseia-se numa entrevista comigo. A jornalista Mónica Monteiro Santos e o Jornal de Leiria estão de parabéns. Aquilo que está no artigo foi exactamente o que eu disse e portanto revejo-me em absoluto neste trabalho.
Este número do jornal pode ser descarregadoaquiem ficheiro pdf (11,31 MB).
Porque a semana de trabalho tem sido muito preenchida não tenho tido um minuto para a Vida Tranquila.
Voltamos assim que possível.
«Contempla-se o mar. À força de o vermos gastamo-nos nele, usamos por inteiro as suas quatro lembranças. Desconhece-se que delírio de ignorância nos vai arrebatar.»
. O "Big Bang" da legislaçã...
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